27 outubro, 2010

Nutrigenômica: uma dieta só para você

Há cerca de dez anos, pesquisadores estudam a interação entre o genoma humano e os nutrientes dos alimentos, com o objetivo de promover a saúde por meio de uma dieta geneticamente personalizada. Esta nova e promissora ciência é denominada Nutrigenômica. Por causa dela, em um futuro próximo, quando você for consultar um médico ou um nutricionista, deverá apresentar o seu mapa genético. Imagine, então, o quanto precisos e eficazes serão os diagnósticos e os tratamentos propostos por esses especialistas, depois de terem checado, nesse documento, como o seu metabolismo e todo o seu organismo responde, exatamente, a cada nutriente ingerido.

Munidos desses dados, eles poderão prescrever uma dieta exclusiva, para você emagrecer sem muito esforço, ser mais ativo nas tarefas do dia a dia e, de quebra, não desenvolver câncer, diabetes, doenças cardiovasculares... "A boa notícia é que o caminho para chegar ao cardápio perfeito está bem próximo. Isso será uma realidade em alguns anos, graças aos avanços desta ciência", prevê Lucia Regina Ribeiro, coordenadora da Rede Brasileira de Nutrigenômica e professora do Programa de Pós-Graduação em Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, SP.

Foto: Fabio Mangabeira e Shutterstock

AFINAL, O QUE É ISSO?

A Nutrigenômica considera os estudos de interação funcional e dos componentes dos alimentos com o genoma, no nível molecular, celular e sistêmico, e tem por finalidade auxiliar a prevenção e o tratamento de doenças, por meio da alimentação. "Essa ciência sugere que todas as soluções para se viver mais e melhor estão em um cardápio alimentar capaz de interferir na atuação dos genes de cada pessoa. Como o genoma de cada indivíduo é único, cada pessoa terá uma dieta personalizada", indica Lucia. Na prática, os alimentos passariam a ser receitados, literalmente, como remédios. "Porém, para que isso se torne realidade, é preciso, antes, que se entenda melhor de que forma os compostos bioativos dos alimentos interagem com nosso genoma."

ESTA CIÊNCIA SUGERE QUE O CAMINHO PARA VIVER MAIS E MELHOR ESTÁ EM UM CARDÁPIO PERSONALIZADO CAPAZ DE INTERFERIR DIRETAMENTE NOS GENES

Para isso, é preciso decifrar o código genético de cada indivíduo. Ele contém todas as informações necessárias para a manutenção do corpo humano. Nele, é possível identificar, por exemplo, uma tendência patológica adormecida, mas que pode se manifestar em algum estágio da vida. Essas doenças não estão propriamente descritas em nossos DNAs, como "o gene do diabetes" ou "o gene do câncer de mama".

"Mas sabemos que o surgimento de algumas doenças crônicas está relacionado à alimentação, ao comportamento e, também, a fatores externos, como uma zona contaminada por algum agente químico", aponta José Eduardo Dutra de Oliveira, professor de Clínica Médica Especializada em Nutrologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O trabalho da Nutrigênomica, então, é o de identificar os genes que, se ativados, poderão desencadear os processos que levam ao desenvolvimento dos mais diversos males. Feito isso, será possível evitar ou anular esses mecanismos pelo simples ato de comer o alimento cuja propriedade atue diretamente no gene controlador.

A NUTRIGENÔMICA VAI COLABORAR PARA QUE PESSOAS OBESAS CONSIGAM LUTAR CONTRA A BALANÇA, SEM PRECISAR RECORRER À CIRURGIA BARIÁTRICA

É a singularidade biológica que faz com que as substâncias tenham efeitos variados em cada pessoa. É o caso de indivíduos que fumam por muitos anos, mas nunca desenvolvem um câncer de pulmão. Mesmo motivo que faz com que uma mesma dieta, que funciona bem para alguns, não ajude outros a perder um quilo, sequer. Entre as comprovações já alcançadas por esta ciência está a de que cada ser humano tem um gene específico que regula a forma como o corpo vai queimar calorias.

O caminho para o corpo mais bonito (e saudável) reside na ativação desse mecanismo. "Esse novo horizonte ajudará as pessoas a manterem a forma. Acredito que a dieta personalizada vai colaborar para que pessoas obesas consigam lutar contra a balança, sem precisar recorrerem a uma intervenção agressiva e de risco, como é o caso da cirurgia bariátrica", avalia Dutra. Segundo o médico, além de uma alimentação ajustada ao perfil genético de cada indivíduo, a Nutrigenômica indicará qual deverá ser o comportamento mais adequado para grupos de pessoas, seja uma pequena comunidade ou uma nação inteira, de acordo com os hábitos alimentares de cada região.

Foto: Fabio Mangabeira e Shutterstock

OS NUTRIENTES INTERAGEM

O Projeto Genoma, que foi concluído em 2003 graças a um esforço global, mapeou toda a sequência de genes humanos. Hoje, o esforço de pesquisadores da Nutrigenômica é identificar e validar todos os genes cuja expressão possa ser modificada por componentes alimentares, para que esses alimentos sejam incorporados a estratégias nutricionais que visem melhorar a saúde e prevenir a doença - e, assim, descobrir a dieta ideal para cada ser humano, e os alimentos que podem influenciar positivamente a nossa herança genética. O desafio é grande. Foram relacionados mais de 30 mil genes distintos nos 23 pares de cromossomos que o ser humano possui.

O exemplo mais clássico de Nutrigenômica é o acúmulo da enzima fenilalanina no sangue, responsável pelos danos no cérebro em pacientes com fenilcetonúria (PKU). Por isso, os bebês acometidos por essa doença genética são submetidos imediatamente a uma dieta especial, pobre em fenilalanina. "Há 50 anos, não eram os testes genéticos que mostravam isso. Mas, hoje, a doença e a prescrição dietética se encaixam perfeitamente na Nutrigenômica", destaca Lucia. De acordo com ela, cerca de mil genes humanos ligados a doenças já foram identificados, assim como os nutrientes que têm ação sobre eles.

QUEM JÁ ESTÁ ESTUDANDO O ASSUNTO

Nos EUA, em alguns países da europa, na austrália e no Canadá, as pesquisas em nutrigenômica estão avançadas. nessas nações, alguns pacientes com predisposição genética já seguem dietas específicas para agirem sobre os genes que predispõem ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e alguns tipos de câncer. Em outubro de 2006, a food and drug administration (fda), nos eua, criou a uma divisão especial para as pesquisas na área. "Este evento representou um marco para a área de nutrigenômica, considerando que o governo norte-americano não somente reconhece a importância da personalização, mas, também, porque inclui esse tipo de nutrição como uma medicina. no Brasil, a comunidade científica ainda não recebe verbas suficientes para patrocinar as pesquisas necessáriots para o desenvolvimento desta ciência. assim, no país, os estudos que realmente tratam de nutrigenômica consistem de poucos e pequenos projetos, ainda sem resultados significativos", revela lucia Regina Ribeiro.

O QUE A CIÊNCIA JÁ SABE

Segundo uma pesquisa norte-americana, variações no gene APOA1 (apolipoproteína A1) afetam, de forma diferente, os níveis de colesterol bom (o HDL). "Até então, os cientistas acreditavam que toda pessoa que adotasse uma dieta rica em ácidos graxos poli-insaturados (ômega-3 e ômega-6), conseguiria aumentar as taxas do HDL e, consequentemente, afastar os riscos de doenças cardiovasculares. Agora, já se sabe que não é bem assim. Algumas mulheres com determinada variação nesse gene podem ter uma resposta oposta ao consumo dos nutrientes. E baixar os níveis do bom colesterol não faz bem à saúde", fala a cientista.

Os pesquisadores também descobriram quais são os genes que predispõem o organismo a consumir mais calorias, quais são os que influenciam as preferências alimentares por cafeína e doces, por exemplo, e quais favorecem as infecções no tecido adiposo - uma das maiores causas da obesidade. "Assim que conhecermos todos os componentes alimentares que interagem com esses genes, teremos um caminho para controlar o apetite, a absorção de nutrientes, entre outros aspectos envolvidos na digestão", diz Daisy Maria Favero Salvadori, doutora em Genética pela Unesp.

A Nutrição atual procura balancear os nutrientes nas dietas, respeitando, quando possível, as preferências e os hábitos alimentares de cada pessoa. "Com a Nutrigenômica, tudo isso muda, pois os profissionais terão que personalizar ao máximo a alimentação, como se estivessem montando um quebra-cabeça, com peças que se encaixam e outras para descartar", comenta a nutricionista Patricia Soares.

ilustração cecília andrade

GENE: O QUE É ISSO?
O corpo humano é formado por cerca de 100 trilhões de células. no núcleo de cada uma delas estão 23 pares de cromossomos, cada um com uma fita dupla (DNA), composta por quatro substâncias químicas denominadas bases nitrogenadas: adenina (A), que sempre forma par com timina (T); e citosina (C), que só se une à guanina (G).

As diferentes combinações destas substâncias - que chegam a mais de 3 bilhões, em cada célula - determinam o código genético de cada ser vivo.

O gene é uma unidade do DNA que contém informações para uma determinada característica hereditária. ele também instrui as células a fazer a síntese das proteínas. estas são as operárias do corpo, atuando na produção de tecidos, na digestão de alimentos e na defesa do organismo.

PRÓXIMOS DO PRATO IDEAL?

Já existem algumas empresas que oferecem, via internet, serviços de genômica preditiva, estabelecendo relações entre o padrão genético individual e o estilo de vida, incluindo a atividade física e a alimentação. "No entanto, considerando o estágio de desenvolvimento da área, e a necessidade do acúmulo de mais conhecimentos científicos, somos da opinião que a disponibilização de tais serviços é, ainda, prematura", fala Lucia.

Uma série de programas colaborativos, focando a interação entre genes e nutrientes, foi iniciada, nos últimos três anos. Os pesquisadores em Nutrigenômica, seja individualmente, em grandes centros de pesquisa, ou em programas multi-institucionais, reconhecem a necessidade do desenvolvimento de novas práticas, fomentando colaborações internacionais e o uso comum de banco de dados. "Baseado na concretização destas expectativas, surge o conceito de 'nutrição inteligente', que promete revolucionar não só a Nutrição, mas todas as áreas ligadas às ciências da saúde. Hoje, a ciência praticamente duplica o conhecimento adquirido em um ano. Acredito que, em dez anos, a Nutrigenômica será uma realidade na vida das pessoas", conclui Daisy.


Matéria retirada do site Revista Saúde

25 outubro, 2010

Diverticulite - Como Prevenir


Diverticulite é uma inflamação que se manifesta basicamente no intestino grosso. A mucosa do intestino é irrigada por vasos que atravessam a camada muscular, isso cria um ponto de fragilidade no músculo e, em determinadas condições, a mucosa pode formar uma hérnia, semelhante a um dedo de luva invertido: é o divertículo.

Nele pode penetrar e ficar retida pequena quantidade de fezes que recebe o nome de fecalito. Havendo condições favoráveis, bactérias também podem assentar-se nesse local.

A presença de numerosos divertículos no intestino recebe o nome de diverticulose. A diverticulite ocorre quando eles inflamam, podendo apresentar abscesso ou perfuração.

É provável que fatores dietéticos expliquem a freqüência maior dessa doença no mundo ocidental. Estudos mostram que a principal causa da diverticulose é a falta de fibras na dieta alimentar. As fibras ajudam a formação de fezes volumosas e macias que passam suavemente pelo trato intestinal e são eliminadas mais facilmente. Quando há pouca ou nenhuma fibra na dieta, a pressão dentro do intestino aumenta e facilita a formação de hérnias.

Outro fator que influi na formação de divertículos é a idade, pois o problema manifesta-se com maior freqüência em pessoas por volta dos 60 anos. Com o passar dos anos, a musculatura lisa do cólon vai perdendo a elasticidade e podem formar-se pequenas hérnias ou divertículos.

A maioria das pessoas que sofrem de diverticulite não apresentam sintomas. Outras apresentam um pequeno sangramento nas fezes. A melhor maneira de identificar a doença é consultar seu médico regularmente.

Problemas a curto/médio prazo:
Dor abdominal (geralmente do lado inferior esquerdo do abdômen)
Diarréia Cólicas
Alteração do hábito intestinal
Sangramento retal
Febre

Problemas a longo prazo:
Perfuração do intestino
Abscesso (excesso de pus no intestino)
Formação de uma fístula (lesão)

Depois de diagnosticado a diverticulose, inicia-se o tratamento clínico com medicação própria prescrita por médico, e uma dieta leve e até líquida pode ser necessária para a evolução do quadro por 72 horas. Geralmente, 80% desses casos evoluem para a cura e se não regredir pode haver indicação cirúrgica ou para drenagem do abscesso.

Em relação à ingestão de fibras, ainda não existe uma quantidade ideal, mas estima-se que um consumo de 10 a 20g por dia seria importante para prevenir e tratar a doença. Portanto, é importante o consumo de verduras, legumes, frutas, cereais integrais e outros alimentos ricos em fibras. Ingerir água também é fundamental para o melhor aproveitamento das fibras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, é recomendado o consumo de 20 a 25g de fibras por dia. O “Food and Drug Administration”, recomenda o consumo de quatro porções diárias de fibras por dia, sendo 20 a 30g. Deve-se consumir aproximadamente 6g ou 25% do total de fibras em forma de fibra solúvel.

Seguindo o tratamento e adotando mais fibras na dieta, o prognóstico é excelente. Boa parte das pessoas com diverticulite não apresentam sintomas, e as hospitalizadas recebem alta de 2 a 4 dias após o início do tratamento.


Matéria retirada do site RG Nutri

20 outubro, 2010

Carne Suína e Cisticercose


O consumo de carne suína é muitas vezes questionado por razões nutricionais e sanitárias. Além das preocupações já conhecidas como o alto teor de gorduras deste alimento, outra coisa que preocupa o consumidor é a associação do produto à cisticercose.

Dessa forma, abordaremos a seguir as principais questões referentes a este problema e os reais riscos do consumo de carne suínna.

Teníase versus Cisticercose


A teníase e a cisticercose são doenças diferentes, causadas pelo mesmo verme – a tênia – e que não devem se confundidas.

No ciclo de vida deste verme existem dois hospedeiros (seres que “hospedam” no corpo): o intermediário e o definitivo. O intermediário é aquele que abriga o verme em sua forma larval e o definitivo é aquele que abriga o verme em sua forma adulta.

O homem é o hospedeiro definitivo da Taenia solium e da Taenia saginata, cujos hospedeiros intermediários são, respectivamente, o porco e o boi.

A Taenia solium


A tênia adulta vive no intestino delgado do homem, causando a teníase ou solitária, como também é chamada a doença causada por este verme.
A pessoa com teníase elimina ovos desse verme em suas fezes, podendo contaminar pastagens, hortas, rios e lagoas, cujas águas podem ser utilizadas para irrigar plantações.

Se o animal ingerir alimentos contaminados, ingere os ovos da tênia que ao chegarem ao intestino entram na corrente sanguínea e se alojam em alguns músculos do animal. Nestes locais, os ovos evoluem para um estágio larval, chamado cisticerco, popularmente conhecido como “canjiquinha”. Esse animal torna-se o hospedeiro intermediário do verme. O homem consome a carne contaminada desse animal, crua o mal cozida, e assim o ciclo se fecha (veja o ciclo na Figura).

Entretanto, pode acontecer de o homem se tornar o hospedeiro intermediário, ingerindo os ovos de tênia, provenientes de verduras e legumes mal lavados ou higiene inadequada das mãos após o uso sanitário. Neste caso, o cisticerco, que seria formado no porco, ocorre no organismo humano e a doença é chamada de cisticercose.

A seriedade do problema depende do local onde os cisticercos se instalam. Os problemas mais sérios ocorrem quando eles se instalam no cérebro, e os menos sérios quando eles se instalam na musculatura.

Consumo com segurança

Atualmente, a suinocultura praticada no Brasil está mais moderna. Os animais recebem água tratada, alimentação adequada e balanceada e são criados em instalações constantemente higienizadas, portanto não têm contato com fontes de infecção por Taenia solium. O resultado disso é a baixíssima incidência dessa doença nos animais destinados ao abate.

É importante comprar, sempre, carne proveniente de abate inspecionado, o que garante que medidas preventivas foram tomadas para impedir que a carne imprópria para consumo chegue ao mercado.

Agora que você já sabe disso, pode saborear a carne suína com maior tranqüilidade, buscando, sempre, a de origem conhecida e proveniente de local limpo e confiável. E, de preferência, opte por cortes mais magros, como o lombo.


Matéria retirada do site RG Nutri

11 outubro, 2010

Rica em vitaminas e em proteína, a carne do peixe tem menos gordura que a carne vermelha e é muito útil para os corredores




A carne de peixe é, normalmente, a primeira opção de quem busca evitar a carne vermelha, que possui maior quantidade de gordura saturada e colesterol. Rica em proteínas de boa qualidade é também composta por grandes concentrações de vitaminas lipossolúveis (solúveis em lipídios e não em água) A, E e D. Além disso, a boa notícia para os corredores: possui vitaminas hidrossolúveis, como a niacina, que estão presentes nas reações químicas de liberação de energia para a corrida.

Cerca de 20% da carne do peixe é composta por proteínas, que contribuem para o crescimento e formação do organismo. “O bacalhau está entre as espécies com maior nível de proteína”, esclarece Patrícia Ramos, coordenadora Serviço de Nutrição e Gastronomia do Hospital Bandeirantes, que completa. “Uma porção de peixe de 125g possui entre 28 e 50% de cálcio, 24 a 44% de fósforo e 7 a 44% de ferro que o organismo requer diariamente”.

A proteína da carne de peixe, aliás, é diferente e mais saudável. “Ela é uma proteína de ótima qualidade (contém uma boa quantidade de aminoácidos essenciais). Geralmente são proteínas de baixa quantidade de colesterol. Possui ainda ômega 3 (apenas o ômega 3 dos peixes diminui processos inflamatórios do nosso corpo), o que é excelente para corredores de provas longas como maratona, meia-maratona e de triathlon”, explica o nutricionista Luís Ricardo de Souza Alves, da clínica Nutrição Fácil.

Para os corredores
Além dos nutrientes já citados (vitaminas A, E e D) a carne de peixe possui ainda as do complexo B, como cálcio, fósforo, ferro e flúor, que melhoram o processo de produção de energia na hora das passadas e elevam o aproveitamento das vitaminas e sais minerais dos outros alimentos. “Sempre sugiro aos meus clientes corredores que consumam peixes pelo menos duas vezes na semana (grelhados, assados ou cozidos)”, ressalta o nutricionista.

É uma boa opção para ser ingerida nas refeições que precedem a corrida, já que é de fácil digestão. Entretanto, Patrícia alerta: “é importante que o atleta não se alimente muito próximo ao horário de treino, dando um intervalo de pelo menos uma hora, para evitar o estômago cheio e hipoglicemia de rebote (acontece quando o corpo produz muita insulina e a quantidade da substância no sangue diminui)”.

A carne de peixe em forma de patê, disponível em lata, como sardinha e atum, também pode ser utilizada com pão ou torradas, mas, fique atento. “Muitas vezes a `base´ do patê é maionese e ela não deve ser consumida em exagero. Mas uma colher de sopa de patê com duas fatias de pão de forma (integral ou não) ou três torradas não é exagerar”, diz Luís.

Vantagens
Por ser leve e nutritivo, o peixe deve ser ingerido, como já dito anteriormente, pelo menos duas vezes por semana e pode ser intercalado com outras carnes, como a de aves e a bovina. Os especialistas listaram algumas qualidades da carne de peixe, que, muitas vezes, não são encontradas nas outras carnes:

- Ótima fonte de ômega 3 (peixes de água gelada como salmão, arenque, sardinhas, bacalhau, truta, cavala ou cavalinha);

- Menor teor de gordura;

- Proteína de baixo teor de colesterol;

- Contém uma boa quantidade de cálcio por porção de 100g (aproximadamente entre 20 a 167mg de cálcio);

- Possui quantidades suficientes de todos os aminoácidos que auxiliam na criação de defesas naturais do organismo contra algumas doenças que intervém no crescimento e desenvolvimento do corpo;

- O fósforo presente intervém nas funções cerebrais, como a memória, e também fortalece os ossos.

Receita

Filé de peixe à parmegiana
Rendimento: 4 porções
Equivale a 2 ½ porções de carne magra e 2/3 de vegetal.

Ingredientes:

Molho de tomate
1 tomate médio sem semente picado
2 colheres de sopa de catchup
1 colher de chá de salsa picada
½ colher de chá de manjericão seco
1 pitada de alho em pó
1 pitada de orégano
1 pitada de pimenta-do-reino
360 g de filé de cação com cerca de 1,5 cm de espessura, dividido em 4 porções
¼ de xícara de queijo parmesão ralado

Modo de preparo:
Junte todos os ingredientes do molho de tomate no processador de alimentos ou liquidificador. Bata até obter uma mistura homogênea. Despeje numa fôrma refratária e cozinhe em potência alta por 5 minutos até mesclar os sabores, mexendo uma vez. Arranje os filés de peixe sobre a fôrma para assar. Espalhe o molho de tomate sobre os filés. Cubra em papel manteiga. Cozinhe em potência alta por 4 a 8 minutos, girando a grade uma vez. Deixe descansar, coberto por 3 minutos. Salpique queijo parmesão ralado antes de servir.

Cada porção contém:
Calorias: 153
Proteína: 19,2 g
Carboidratos: 2,8 g
Lipídios total: 6,7 g
Gordura saturada: 5,2 g
Colesterol: 235 mg
Sódio: 254 mg
Fibras: 0,9 g


Matéria retirada do site O2 por Minuto

03 outubro, 2010

Nutrição X Cabelos


Quais são os nutrientes que uma mulher deve consumir para evitar a queda de cabelos?

O Beta-caroteno (vegetais alaranjados e em folhas de cor verde-intensa), vitamina A (fígado, na gema de ovo, no leite em seus derivados) e B (vísceras, carnes magras, cereais integrais, legumes, grãos e nozes) ajudam na síntese de todos os tecidos do corpo, assim também são necessários para o crescimento do cabelo.

O zinco (existente nas ostras, fígado, leite e farelo de trigo) estimula a multiplicação das células, favorecendo no crescimento e fortalecimento dos cabelos.

Os aminoácidos, lisina, cisteína e prolina (encontrados em carnes), são a matéria-prima para a construção dos fios.

Uma alimentação equilibrada ajuda na boa saúde dos cabelos, mas fatores com a hereditariedade, estresse, e medicamentos têm grande influência na integridade dos fios.

Se uma mulher já sofre com a queda de cabelos quais são os nutrientes que ela deve ingerir a mais?

A perda de cabelo raramente está relacionada à Nutrição - menos de 1% dos casos. Quando esta relação existe , a causa pode ser a ingestão excessiva de vitamina A ou uma deficiência de ferro, biotina, zinco ou proteína. Estas deficiências são raras, embora o consumo excessivo de claras de ovos crus possa levar a redução de biotina.

Se a queda de cabelos for resultante de alguma dieta muito restritiva ou relacionada com as deficiências relatadas acima, uma ingestão adequada de todos esses nutrientes e também de proteínas garante a recuperação dos cabelos.

Quais são os alimentos que não devem faltar no prato de quem quer fortalecer os cabelos?

COMA BASTANTE:
Laticínios com baixos teores de gorduras, vegetais verdes e ricos em caroteno e frutas devido à vitamina A
Produtos integrais por causa da niacina
Frutas como bananas, ameixas e melancia para a obtenção de vitamina B6
Frutas secas para suprir as necessidades de vitamina C
Nozes e legumes para obtenção de biotina e zinco
Carnes magras, aves e peixes por seus altos teores de proteínas.


Qual o benefício da soja neste problema?

A soja por ser uma fonte de proteína, vitaminas do complexo B , zinco e outros minerais também pode ajudar a previnir a queda dos cabelos, porém uma alimentação variada é fundamental para que a saúde do couro cabeludo e dos próprios cabelos seja mantida.


Matéria retirada do site RG Nutri