23 julho, 2010

Benefícios da substituição do sal para a saúde cardiovascular


A atual recomendação da Organização Mundial da Saúde é que o consumo diário de sal não exceda 6 g por dia, o que equivale a uma colher de chá. No entanto, o consumo está muito além disso. Nos países ocidentais chega a 10 g em média, enquanto que no Brasil, assim como nos países asiáticos e na Europa oriental atinge 12 g.

Para se ter uma ideia, um estudo recém-publicado pelo periódico British Medical Journal revela que uma redução de pelo menos 5 g no consumo diário de sal seria capaz de diminuir o risco de acidente vascular cerebral em 23%, e o de doenças cardiovasculares em 17%.

Isso significa que a redução do consumo de sal evitaria mais de um milhão de mortes ao ano por acidente vascular cerebral e outras três milhões por doenças cardiovasculares em todo o mundo, no mesmo período.
A explicação para isso está no fato do consumo de sal estar diretamente ligado a hipertensão arterial, que por sua vez está presente em cerca de 50% dos casos de doença das coronárias e em 60% dos acidentes vasculares cerebrais.

Estudos também têm alertado para um novo aliado da pressão arterial: o potássio. Já é consenso entre especialistas que o consumo regular de potássio é capaz de reduzir a pressão arterial. O ideal, portanto, é que pouco a pouco o sódio seja substituído pelo potássio em benefício da redução do risco de doenças cardiovasculares.

Sódio e potássio

Para aumentar o consumo de potássio, abuse de alimentos como feijão, ervilha, vegetais verde-escuros, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja. Na outra ponta, podemos começar a reduzir o consumo de sódio com a simples medida de retirar o saleiro da mesa. Para temperar a comida, o sal e outros condimentos industrializados devem dar lugar a ervas como a sálvia, tomilho, louro, cebolinha, alecrim, e outros, que podem temperar a comida adequadamente. Devem ser evitadas as conservas, enlatados e salgadinhos, bem como carnes processadas, embutidos e fast food.


Matéria retirada do site Nutritotal

Um comentário:

  1. Muito é falado dos malefícios do sódio em torno de problemas cardiovasculares, mas pouco se fala em problemas renais.

    Acredito que, para quem é obrigado a fazer hemodiálise, talvez por razão de um abuso "crônico" no uso do sódio em décadas de vida, considero muito mais grave a insuficiência renal do que qualquer problema cardiovascular. Um infarto pode matar a pessoa instantaneamente, mas um problema renal causa dor e sofrimento por toda uma vida, futuramente também causando problemas cardíacos.

    Considero extremamente importante a conscientização da população sobre a substituição do sal. Não somente a troca do cloreto de sódio por cloreto de potássio (pois o nível de potássio alto demais no organismo pode causar até a morte por ataque cardíaco, sendo perigoso para pessoas com problemas renais), mas como você falou, substituir o sal por temperos. Temos inúmeras variedades de ervas, que se bem utilizadas, sobrepõem-se perfeitamente ao sabor do sódio e de forma extremamente mais saudável.

    Sem contar que as indústrias se utilizam do sódio para "esconder" ingredientes de péssima qualidade, até estragados, ou os tantos tipos de conservantes, entre eles inclusive agentes cancerígenos. Encontramos sódio, também, em alimentos congelados (como aquelas refeições prontas, de microondas), iogurtes, biscoitos recheados, refrigerantes, leite condensado e tantos outros que normalmente não imaginaríamos. E quanto mais ingredientes ruins para nossa saúde o alimento industrializado apresenta, maior é o nível de sódio.

    O pior deles, na minha opinião, são os temperos prontos (popularmente caldo knorr, maggi, etc). Cada 1/4 de cubo usado possui aproximadamente 50% da quantidade de sódio recomendado POR DIA!

    Enfim, seria de extrema necessidade que a população adquirisse uma educação para ler os rótulos dos alimentos que consomem antes de comprá-los. Segundo pesquisas, o aumento de brasileiros com problemas renais (ultimamente levando à necessidade de hemodiálise como única forma de tratamento) chega a 30% por ano!

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