15 agosto, 2010

Entenda a Alta dos Preços dos Alimentos e Veja Algumas Dicas Para Tentar Dribá-la


Os preços dos alimentos quase duplicaram no mundo nos últimos três anos, de acordo com o Banco Mundial. No Brasil, essa mudança já começa a ser sentida no bolso, principalmente de famílias de classes mais baixas.

A recente alta nos preço dos alimentos foi motivada por uma série de fatores associados e se tornou uma crise mundial. Em alguns países pobres, como no Haiti e no Egito já aconteceram algumas manifestações populares de revolta frente a essa situação.

A crise dos alimentos não tem um único culpado, mas uma série de condições simultâneas que favorecem seu desenvolvimento.

Crescimento econômico: Com aproximadamente uma década de prosperidade na economia global, a geração de renda, principalmente em países emergentes, vem trazendo aumento no consumo da população em geral e, principalmente, possibilitando que as classes menos favorecidas aumentem o consumo de alimentos.
Seguindo a lei da oferta e procura, aumentando a demanda, conseqüentemente, aumentam-se os preços.

Problemas climáticos: Alguns dos principais produtores mundiais de alimentos vêm sofrendo graves crises de seca, fazendo com que a atividade agrícola diminua. Além disso, desastres naturais, como o provocado pelo furacão Catrina, pelo ciclone em Mianmar, etc, contribuíram para que regiões produtoras se desestabilizassem e o fornecimento de produtos agrícolas vindo desses locais diminuísse consideravelmente.

Petróleo: Com o barril de petróleo atingindo preços recordes, toda a cadeia de produção agrícola é atingida. O maquinário produtivo é, em sua maioria, movido a óleo diesel, alguns fertilizantes contêm substâncias derivadas do petróleo, sem contar no aumento do valor do transporte dos insumos aos locais de comercialização que contribuem ainda mais para o aumento no valor final do alimento.

Biocombustíveis: Os combustíveis produzidos a partir de fontes vegetais vêm sendo extremamente criticados por órgãos internacionais. A crítica se baseia no uso de terras agricultáveis e insumos agrícolas para a produção de energia. A idéia é que ao usar a matéria-prima para esse fim, a oferta de alimentos cai ainda mais em um período em que já há forte demanda.
O caso mais criticado é o dos EUA, em que se usa o milho como matéria-prima para o combustível. O milho que é utilizado, entre outras coisas, para ração animal, eleva indiretamente o preço de vários outros alimentos, como as carnes. O Brasil também vem sendo alvo de fortes críticas pela produção do etanol a partir de cana-de-açúcar. No entanto, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, rebate a crítica, informando que, atualmente, apenas 0,5% do território brasileiro é ocupado pela produção de álcool e reiterou que, em mais de 60% dos casos, a cana-de-açúcar tem aproveitado áreas de pastagens degradadas.

Entrave às exportações: Com o crescimento do mercado interno, importantes países produtores de alimentos pararam de exportar. Os casos mais sentidos recentemente foram o do trigo argentino, que atingiu o Brasil diretamente e o do arroz indiano e vietnamita.

DICAS PARA TENTAR DRIBLAR OS ALTOS PREÇOS

  • Dê preferências aos alimentos produzidos localmente. Procure comprar de produtores da sua região.
  • Consulte a pirâmide dos alimentos e veja como é possível substituir alimentos do mesmo grupo que no momento estão caros por outros mais em conta. Por exemplo: Se o feijão está custando uma fortuna, procure outra leguminosa que esteja mais barata. Se o pãozinho francês está valendo ouro, substitua-o por outra fonte de carboidrato, como um pão de milho, de mandioquinha, etc.
  • Dessa maneira, é possível sair da rotina, conhecer alimentos novos, alguns até mesmo nacionais, da sua região própria região, que por algum motivo é totalmente desconhecido.

Procure receitas e reinvente com os alimentos que podem ter baixo valor comercial, mas que contém alto valor nutricional!


Matéria retirada do site RG Nutri


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