Você já se imaginou na seguinte situação: de um dia para o outro, descobre que aquele pão integral que consome há anos e tão saudável quanto um sorvete de creme? E o mais surpreendente é que esta descoberta se dá na prateleira, em forma de pontuação!?
É isso o que anda acontecendo nos EUA, devido à implantação de um novo sistema de pontos nutricionais, que está sendo testado em alguns supermercados, e que classifica milhares de alimentos em uma escala de 1 (baixo valor nutritivo) a 100 (muito saudável). Os resultados, afixados junto aos produtos nas prateleiras do supermercado dão o alerta: este pão apresenta nota 23, a mesma que o sorvete consumido no final de semana.
O sistema de classificação faz parte de um movimento dos varejistas americanos de alimentos de se tornarem mais enfáticos na oferta de conselhos sobre nutrição. Outras cadeias estão contratando nutricionistas para aconselhar os compradores a selecionar alimentos mais saudáveis e, em algumas lojas, andar pelos corredores oferecendo recomendações personalizadas mediante a cobrança de uma tarifa.
Algumas redes estão explorando dados sobre hábitos alimentares colhidos a partir dos cartões de fidelidade dos clientes para recomendar alternativas mais saudáveis para os alimentos que eles compram.
Os supermercados esperam reforçar a lealdade dos compradores e, talvez, reconquistar clientes que passaram a recorrer a cadeias especializadas. As vendas de alimentos orgânicos e naturais deram um salto de 72%, para US$ 31,9 bilhões, nos cinco anos encerrados em 2009, enquanto as de alimentos funcionais ou enriquecidos subiram 44%, para US$ 37,3 bilhões, no mesmo período, de acordo com a publicação setorial "Nutrition Business Journal".
Alguns fabricantes de alimentos são contra ter seus produtos classificados por nível nutricional. Eles dizem que os compradores consideram uma variedade de fatores quando compram comida. E alegam que confiar em um único ranking nutricional pode tornar mais difícil para o consumidor entender como os alimentos que eles compram se encaixam em uma dieta.
Os varejistas pagam uma tarifa para licenciar o sistema de classificação da NuVal LLC, que pertence ao Hospital Griffin, que fica em Derby, Connecticut, e à cooperativa de varejo Topco Associates LLC. O hospital é dono do algoritmo no qual o sistema se apoia e só um painel formado por sete especialistas em saúde e alimentação de várias universidades pode modificá-lo.
Algumas redes de supermercados estão contratando nutricionistas registrados para dar recomendações sobre o valor dos alimentos em suas lojas. Os compradores têm acesso às "Escolhas do Nutricionista" e também podem pagar US$ 60 por uma consulta de uma hora com o nutricionista e um tour personalizado na loja.
Julie Eich, contadora de 38 anos que vive em Des Moines, Iowa, pagou US$ 150 por seis sessões individuais com o nutricionista da sua loja Hy-Vee em maio. Eich, que diz ter sempre optado por fast food por causa de sua agenda apertada, aprendeu, por exemplo, que a barra de granola de baixa caloria que ela pensava ser "totalmente saudável e boa" na realidade trazia a mesma quantidade de açúcar que um doce. "Eu só estava olhando para as calorias, e não de onde vinham as calorias", diz.
No Safeway, terceiro maior varejista de alimentos dos Estados Unidos, os clientes que se registram pela internet podem ir à página "My Household Snapshot" (algo como "um instantâneo da minha família") e ver os níveis nutricionais da compra da família nos últimos seis meses, apresentada em barras verticais verdes.
Matéria retirada do site Rg Nutri
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