01 abril, 2010

As Belezas dos Peixes e dos Frutos do Mar


Com certeza você já ouviu falar que comer peixes e frutos do mar faz bem à saúde. Pois é, neste artigo estaremos abordando alguns cuidados na compra e suas reais vantagens no consumo destes alimentos.

O termo frutos do mar compreende duas classes conhecidas como crustáceos e moluscos. Embora popularmente chamados de frutos do mar, os peixes por sua vez não fazem parte desta nomenclatura. Entre os crustáceos estão inseridas as lagostas, lagostins, siris, caranguejos e camarões.

Já os moluscos são representados pelas ostras, mexilhões, vieiras, mariscos, vôngoles (berbigão), caramujos, polvos e lulas. Tanto os frutos do mar quanto os peixes, são alimentos de elevado valor nutricional, principalmente por serem ricos em proteínas de boa qualidade e alto teor de vitaminas e minerais.

Diante dos inúmeros benefícios que estes alimentos podem trazer para saúde, associado à crescente preocupação com uma alimentação saudável, o seu consumo vem se tornando cada vez maior entre toda população. Assim, na hora da compra, alguns cuidados são indispensáveis a fim de garantir a qualidade nutricional e higiênico-sanitária destes alimentos.

Apenas os moluscos com conchas fechadas ou que se fechem ao toque devem ser escolhidos. Devem estar brilhantes, com água incolor e límpida no interior das conchas, cheiro agradável, carne úmida e bem aderente à concha. Após o cozimento os molusco que não se abrirem devem ser descartados.

No caso dos polvos e lulas frescos, a pele deve estar lisa e úmida; olhos vivos, brilhantes e salientes nas bordas; carne consistente e elástica; e cheiro característico de água salgada. Geralmente os mais claros estão mais frescos.

Lagostas e caranguejos devem ser comprados preferencialmente vivos. Recomenda-se a escolha dos mais ativos e pesados em relação ao seu tamanho. Quando comprados mortos, o cheiro deve ser fresco e não muito forte, a casca deve estar inteira e dura, e as garras intactas.

Ao comprar camarões frescos, a cabeça deve estar aderida ao corpo, apresentar casca firme e presa, corpo rijo, cor clara, cheiro agradável e mantidos sob refrigeração. Prioritariamente devem ser preparados no dia da compra por serem altamente perecíveis. Quando congelados, devem estar limpos, armazenados sob embalagens hermeticamente fechadas, e preparados imediatamente após o descongelamento.

De modo geral, o peixe é considerado um dos alimentos mais suscetíveis à deterioração em função de vários fatores, tais como atividade de água elevada, composição química, teor de gorduras insaturadas facilmente oxidáveis e, principalmente, devido ao pH próximo da neutralidade, o que beneficia o desenvolvimento microbiano. Assim sendo, durante a compra deste tipo de alimento, alguns cuidados também devem ser tomados pelos consumidores, mantendo-se atentos às inúmeras questões importantes no que se referem à preservação da qualidade e segurança dos peixes.

Portanto, quando frescos, os olhos dos peixes devem estar brilhantes, salientes e ocupando toda a cavidade orbitária. As guelras vermelhas, bastante brilhantes e sem a presença de muco. As escamas devem estar firmemente aderidas ao corpo, e ao pressionar-se a carne, esta deve voltar rapidamente à posição de origem. Embora muito característico, o odor deve ser suave, com cheiro de maresia e não repugnante.

Bom, mas e as propriedades nutricionais? Muitos são os benefícios do consumo de frutos do mar e peixes. Além de menor teor de gordura saturada, estes alimentos são: ricos em ácido graxo ômega 3, ricos em proteínas (possuem todos os aminoácidos essenciais), vitaminas e minerais, tais como vitamina A, E, do complexo B e principalmente D, que possui importante atuação na calcificação óssea, prevenindo contra osteoporose. Quanto aos minerais, verifica-se grande quantidade de sódio, ferro, potássio, magnésio, cobre, enxofre, fósforo, iodo, cálcio, flúor, selênio, manganês, cobalto e zinco.

Sem dúvidas uma das principais vantagens nutricionais na ingestão dos frutos do mar e peixes, sobretudo aqueles de águas frias (sardinha, salmão, atum, anchova, carpa e arenque), é o alto teor de ácidos graxos poliinsaturados, como o ômega 3. O consumo deste ácido graxo específico está intimamente ligado à prevenção de doenças cardiovasculares, ação anti-flamatória, regeneração de neurônios e no desenvolvimento cerebral, tornando-se assim também importante no período da gestação, infância e terceira idade.

Além disso, o ômega 3 ainda pode reduzir o risco de Alzheimer, demência e cansaço mental; contribuir no tratamento da depressão, ansiedade e alterações do sono; alívio nas dores da artrite reumatóide; diminui agregação plaquetária (acúmulo de gordura na artéria); bem como reduzir os níveis sanguíneos de colesterol total, LDL (colesterol ruim) e, pode ainda, aumentar a produção de HDL (colesterol bom).

Outros dois nutrientes abundantes nos frutos do mar e peixes são zinco e selênio. O zinco é um mineral bastante importante, pois desempenha função regulatória no organismo, estando envolvido em processos bioquímicos relacionados à imunidade, crescimento e desenvolvimento sexual, formação óssea, cicatrização, atividade neuronal, memória e na manutenção de olfato e paladar.

Um dos órgãos que apresenta maior concentração deste mineral é o músculo, e consequentemente, uma dieta pobre em zinco pode estar relacionada à redução da força e coordenação muscular, baixa motivação e maior predisposição para a depressão.

Já o selênio apresenta grande importância na dieta, principalmente quando se trata do seu efeito protetor nas doenças cardiovasculares, cânceres, artrites, cirrose e enfisema. Outros benefícios deste mineral é sua ação detoxificante de metais pesados, como alumínio, que em excesso leva a um aumento da tensão pré-mesntrual e uma boa ingestão de selênio pode preveni-la.

Por terem papel biológico essencial nos mecanismos de proteção antioxidante, tanto o zinco quanto o selênio são capazes de bloquear os efeitos nocivos dos radicais livres contribuindo, desta forma, para a redução dos danos causados pelo estresse, retardando o envelhecimento e minimizando os prejuízos causados pelo estresse oxidativo.

É importante lembrar ainda, que a deficiência destes dois minerais também pode afetar negativamente a produção e ação de alguns hormônios como os hormônios tireoidianos, o que certamente prejudica o metabolismo energético em função de uma redução da taxa metabólica basal.

Agora sabendo de todas estas vantagens, fica difícil não querer incluir os frutos do mar e os peixes no seu cardápio semanal. É importante lembrar que mesmo compartilhando de todos estes benefícios, os crustáceos contêm uma quantidade maior de colesterol quando comparados com os peixes e moluscos. Portanto, não exagere! Utilize sempre o bom senso.

Não é necessário consumi-los diariamente. Em torno de três vezes por semana já é uma boa freqüência para usufruir de todos os seus benefícios, mas se você realmente gosta, nada impede de comer os peixes com uma frequencia maior.

Diet Home

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